sexta-feira, 3 de julho de 2009

UnBTV produz videoclipes de graça

IDENTIFICAÇÃO DE TIPOLOGIAS DOCUMENTAIS COMO PARÂMETRO PARA AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS APLICADOS A PRODUÇÃO DE REPORTAGEM NA TV UNIVERSITÁRIA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UnBTV.





Bandas brasilenses podem concorrer à seleção. Segundo trabalho da equipe é veiculado no canal 6 da NET
Muitas bandas têm a oportunidade de gravar CDs de qualidade, mas nem todas dispõem de recursos para produzir videoclipes do mesmo nível. Pensando nisso, a UnBTV criou o Expresso Clipes, programa que produz com qualidade, e de graça, videoclipes de bandas ou de músicos brasilienses, de qualquer gênero musical. Para concorrer à seleção, basta ter um CD gravado e enviá-lo para o Centro de Produção Cultural e Educativa (CPCE) da UnB (ver endereço em Serviço).
A última produção da equipe da UnBTV foi o vídeo da música Haiti, do grupo Aquilombando, que preserva manifestações culturais negras. A Casa do Estudante Universitário (CEU) foi escolhida como cenário para prestigiar o grupo e relembrar o episódio ocorrido em março de 2007, quando houve um incêndio criminoso em quatro apartamentos de alunos africanos. O vídeo já pode ser assistido na programação diária da UnBTV (canal 6 da NET) e no endereço eletrônico http://www.expressoclipes.blogspot.com/.
QUALIDADE – O roteiro do clipe de cada banda é feito pela própria Expresso Clipes, e as captações das imagens são realizadas em apenas um dia. A idéia é produzir o primeiro vídeo da banda de forma rápida, mas com qualidade. “A maioria dos músicos tem CD até bem gravado, mas na hora de fazer as imagens não conseguem uma câmera boa”, explica o diretor de Haiti e da Expresso Clipes, Filipe Gontijo. “A intenção é ajudá-las a ter uma boa imagem para que com isso possam conseguir shows”, complementa Filipe, que ganhou em 2006 prêmio de melhor diretor de curta-metragem no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
É a UnBTV que escolhe também a música a ser filmada. “A gente ouve o CD e conversa com a banda, mas quem define mesmo somos nós. Verificamos as possibilidades, as limitações e o que pode encaixar nas nossas condições”, explica Filipe. A criatividade é a maior ferramenta utilizada na produção dos clipes, já que a equipe não conta com recursos como cenário, figurino, entre outros. “É tudo feito a custo zero para a banda, e tentamos arranjar tudo de graça”, afirma a produtora do projeto, Jackeline Salomão. “Inclusive, queremos agora correr atrás de patrocínio.”
HAITI – Por falar da luta negra e do povo africano, a equipe da UnB TV escolheu a CEU para ser palco do clipe da música. “Como a gente parte da música para ter idéia da imagem, achei que valia a pena relembrar o que aconteceu na UnB”, conta Filipe. Com o refrão “Pra todo povo negro que tá na linha de frente / Mantenham a corrente, mantenham a corrente / aos irmãos e irmãs africanas em outro continente, Haiti esteve entre as músicas selecionadas em 2006 na 1ª Seleção Nacional de Arte e Cultura Hip Hop, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) da Presidência da República.
O diretor-executivo do Aquilombando, Wander Martins Borges Filho, mais conhecido como “Pavão”, aprovou o trabalho que, segundo ele, tem tido boa aceitação. “O videoclipe ficou profissional e já tem gente procurando. Isso dá uma renovada nos ânimos da banda e ajuda a promover o nosso trabalho”, afirma.
SERVIÇOO Expresso Clipes da UnBTV produz videoclipes de graça para bandas ou músicos de Brasília, independentemente de gênero musical. Podem inscrever-se grupos ou músicos que tenham CD gravado. Os interessados devem enviar o CD (pessoalmente ou pelo Correio) para o seguinte endereço: Centro de Produção Cultural e Educativa (CPCE);Universidade de Brasília; Campus Universitário Darcy Ribeiro; ICC Norte; Subsolo; nº 576; Brasília-DF; CEP 70910-900. Antes da entrega do CD é necessário enviar e-mail para unbtv@unb.br contando a história musical do trabalho. Também há a opção de envio de até três músicas para o e-mail citado. A seleção é feita por dois profissionais que atuam nas áreas de música e cinema.>


CONTATO
- Diretor do Expresso Clipe, Filipe Gontijo, pelo telefone 8173 6022 ou pelo e-mail unbtv@unb.br .- Banda Aquilombando, pelo telefone 9126 8771 (Wander) ou pelo e-mail aquilombando@gmail.com .Agência UnB
Junho 27, 2008

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Breve Histórico do Nascimento da Diplomática e Surgimento da Arquivologia

BREVE HISTÓRICO

O século XVII registra o nascimento da diplomática, a partir do esforço de algumas ordens religiosas em provar a autenticidade de pergaminhos antigos.
No século XIX verifica-se o surgimento da arquivologia, como uma extensão da diplomática, e a adoção, pelos historiadores, daquela disciplina como um ferramenta da crítica documentária, visando avaliar validade dos documentos medievais como fontes históricas.
O final do século XX assiste à redescoberta da diplomática pelos arquivistas. A possibilidade de integração dos princípios e conceitos dessa disciplina aos da arquivologia é vista, por aqueles profissionais, como o caminho seguro para o bom gerenciamento arquivístico dos documentos de hoje, especialmente os eletrônicos, e leva ao nascimento da chamada diplomática arquivística contemporânea.
De acordo com Rousseau e Couture (1998), a palavra arquivo vem do grego archeion e na Grécia antiga, designava palácio do governo, setor de documentos, depósito de documentos originais, sendo que o prefixo arch significa autoridade, comando. O mesmo termo, segundo Silva, “irá ser transmitido aos romanos e primeiros cristãos (...) cristalizado sob a forma latina de archivun” (Silva ET Alii, 1998:53).
A palavra diplomática vem do grego diploo, verbo que significa “eu dobro”, o qual dá origem à palavra diploma, que significa dobrado, isso porque na Antiguidade clássica essa palavra se referia a documentos escritos em duas tábuas, unidas por uma dobradiça, chamadas dípticos. No Império Romano, a palavra diploma se referia a determinados documentos emitidos pelo imperador ou pelo Senado, tais como decretos concedendo privilégios de cidadania e de matrimônio a soldados que haviam dado baixa. Assim, naquela época, a palavra diploma significava documento emitido pela autoridade soberana e de forma solene.
Em relação à diferença entre os termos diplomática e diplomacia, embora ambos tenham a mesma origem etimológica, Duranti (1998:35) esclarece que o primeiro “é uma adaptação moderna do latim res diplomática”, expressão usada pela primeira vez com o sentido de análise crítica das formas de diplomas. Já o termo diplomacia, segundo a mesma autora, “vem do francês diplomatie, refere-se à arte de conduzir negociações internacionais, as quais resultam na compilação e na troca de documentos oficiais, denominados diplomas”.

*Fonte: Trechos retirados do livro: RONDINELLI, Rosely Curi. Gerenciamento arquivístico de documentos eletrônicos: uma abordagem teórica da diplomática arquivística contemporânea. FGV Editora, 2002.